quinta-feira, 5 de março de 2009

Perdão, um Passado Levado pela Chuva

Os ânimos não eram os melhores. Tanto ele como ela estavam, em diferentes pontos, chateados. Ela, porque ele não lhe dava a atenção devida e não a respeitava nas devidas condições. Ele, porque a vida não lhe dava o que tanto desejava e reclamava do passado que teve.
À noite, a situação era de ponto final. A história entre os dois tinha acabado para ela. O modo como ele estava a levar a vida a dois era insuportavel para ela. Não havia o respeito que ela queria. Não porque ela fosse exigente ou severa no eu modo de pensar ou agir, mas porque o amava e tinha medo de o perder. Já ele, no seu modo egocentrista de ser, apenas pensava nele.
Nas coisas que vivia, nas coisas que não viveu e que viveu, naquilo que nunca conquistou, nas oportunidades de quis e nunca teve, se esquecendo daquelas que estava a ter. Ela fez ver isso ontem à noite.
Quando escreveu o último paragrafo da história entre os dois, ele pode ver o quão errado estava.
O quão cego foi, pensando que estava certo na sua maneira de viver. Foi uma hora de conversa e desabafos dos dois. O frio que se sentia na pele não correspondia ao calor que se sentia nos seus corações e que, pela razão que não correspondia à verdade, teimavam em guardar dentro deles, semente para eles.
Até que, na boca dos dois surgiu o perdão. O perdão de um novo livro da história de amor dos dois. O perdão de um novo paragrafo, de um novo começo. A chuva também ajudo. Permitiu que o que estava sujo, fosse limpo, levando consigo o passado infeliz entre eles e antes deles.
Uma nova oportunidade existiu entre os dois, porque não foram orgulhosos, foram humildes para reconhecer que ambos erram e que ambos precisam de se ouvir e compreender. Ele aprendeu que tem que olhar para ela assim como Cristo olha para a Igreja.
Ela aprendeu que deve explorar mais os sentimentos fechados no coração dele. Daqui para a frente, querem que seja Deus a conduzi-los e a ensinar os seus caminhos.